Todos sabemos que somos um povo conservador em costumes. Certo é que os tempos mudaram, e as mentalidades também. Mas mais certo ainda é o facto de em cada dispensa de cada casa portuguesa existir uma sardinhazinha em conserva, um lingueirão, ou o famoso atum, que safa muitas vezes, e nos trás à mesa pratos deliciosos que rendem. Já para não falar de deliciosas entradas com ou sem convidados.
A questão da conserva portuguesa não é assim tão remota, e há bem pouco tempo ainda se viam as fábricas a funcionar em peso. Digo "bem pouco tempo" em referência de 30 anos.
Todo o bom português que se desloca até ao Algarve, já viu concerteza as fábricas à beira da ria, em ruinas, fechadas, e que se lá entrar ainda encontra pequenos pertences da época.
Ora, a história da conserva remota a mil novencentos e troca o passo... Mentira. A primeira fábrica portuguesa (e agora a mais antiga da Europa) foi fundada em 1853 em Vila Real de Santo António. Mais tarde surgiram outras fábricas em Setúbal, Algarve, Matosinhos, para a produção de sardinhas em azeite..
Novo século, nova tecnologia, e surge assim as máquinas de selagem de latas, com isto mais fábricas abriram e mais conservas foram sido vendidas.
Racionar era o objectivo, assim os soldados tinham um alimento fácil de transportar, nutritivo e de longa validade.
Passaram-se os anos, acabaram-se algumas guerras, e a conserva foi deixando de ser tão necessária. Fábricas fecharam e muitos foram despedidos criando crises.
Hoje é moda, e tem um ar todo vintage.
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